Crítica: Ghostface retorna ainda mais violento e impiedoso em ‘Pânico 6’ 

Em busca de renovar a franquia de um dos assassinos mais famosos do mundo, a nova produção de Pânico se manteve em dúvida após o lançamento do seu, até então, quinto filme. Apesar de se tratar do quinto capítulo, ele decidiu não reciclar o elenco que conhecemos para uma nova equipe, com personalidades criativas, debochadas e um pouco mais convencionais. Tratado como fanfic por uns e como novo testamento por outros, é fato que a produção fez sucesso ao ponto de rapidamente produzir uma continuação em Pânico VI, o que, finalmente, acabou dando muito certo.

O sexto filme estreou nos cinemas, nesta quinta-feira, 8, e traz muito mais do que morte, mistérios e referências. Com muitas cenas plásticas e repletas de violência – e bota violência nisso, viu? – esta nova sequência traz a melhor versão do Ghostface. Me arrisco a dizer que, superou até mesmo os assassinatos de Pânico IV (2011). Para os amantes da história, trata-se de uma obra que explora o patrimônio deixado pelos assassinos. Deixando um retorno confortável a esse universo e mirando na novidade. Apesar do plow twist de revelação não ser um dos melhores.

A ideia dos diretores Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin de apresentar uma mudança no universo do Ghostface funcionou, após a tentativa do filme anterior. Isso porque o filme se desenrola em uma outra cidade, é muito mais brutal, violento e com muitas surpresas – é até capaz de você sair da sala de cinema com a adrenalina alta após os sustos. Por conta disso, essa nova sequência tem classificação indicativa maior do que qualquer outro filme da franquia. O que acaba tornando o filme bem mais interessante para quem está cansado da mesmice. Ressaltando que, embora o caso da vez tenha começo, meio e fim, este sexto filme lida também com a realidade do mascarado como uma propriedade, assim como na primeira produção da franquia.

Adeus Woodsboro, finalmente! O sexto filme deixa a pacata cidade por Nova York, cidade que “acolheu” o quarteto sobrevivente do quinto filme. Calouros na faculdade, eles vivem entre paranoia, estado de sobrevivência e a vontade de deixar o passado para trás, mesmo com os traumas. E que traumas, hein! Questões que se misturam quando um novo assassino vestindo a famosa máscara de fantasma começa a invadir os locais onde o quarteto vive, servindo como um terreno fértil para as boas ideias que conduzem a trama nesse novo roteiro. Isso torna interessante, porque – pasmem –, não sabemos o que esperar e onde ele irá aparecer. Por sinal, obrigado pelos fan service James Vanderbilt e Guy Busick!

Os mesmos continuam, por vezes, apressando um pouco a história dos personagens, não deixando espaço para o novo. Por sorte, o filme conta com um elenco carismático capaz de oferecer uma dose de conforto e carinho, mesmo diante de um roteiro fraco de conversações e conexões. Porém, não vou deixar de parabenizar a atuação de Jenna Ortega que nasceu para interpretar Tara Carpenter. Deixando de lado o que foi apresentado em Pânico V (2022), a atriz serve como um dos fios condutores ao receber um papel com maior destaque. E não podemos deixar de mencionar Melissa Barrera! O seu desenvolvimento como Sam Carpenter é excelente, deixando aquela coisa cafona presente na franquia de heroínas boazinhas demais. No entanto, Jasmin Savoy Brown, a Mindy, dispensa uma opinião, continuando a mesma pessoa irritante de sempre (desculpa fãs). No entanto, Mason Gooding, o Chad, conquistou o meu coração. Não irei entrar em muitos detalhes, mas sua desenvoltura é expressiva e confortante, nada comparada ao filme anterior. Graças!

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A ação está presente no longa do primeiro ao último momento. É como se os fãs ficassem relembrando de tudo o que aconteceu na franquia, de todas as histórias e lembranças deixadas pelo famoso assassino, do primeiro filme até aqui. O filme convida o telespectador a assistir aos filmes anteriores. Vivenciar essa trama, que mais é um quebra-cabeça robusto sobre os acontecimentos. Assisti-los será fundamental, o que pode tornar um pouco restritivo. Apesar da descoberta final ser decepcionante. 

O filme cumpre muito bem o seu papel e faz com que o sexto se torne um dos mais importantes da história, com muito mais mortes, cenas de terror que te deixam aflito e são muito caprichadas. Não teve uma morte que eu não fiquei assustado e impressionado. Ao meu ponto de vista, principalmente como fã da história, ver que esse retorno trouxe aumento na qualidade dos anteriores e que finalmente podemos ficar calmos e com um aumento de expectativa para os próximos. 

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