Relacionamento abusivo tem saída sim! Carol & Vitória sofreram com agressões e compartilham experiência

Se você está esperando por um texto meramente noticioso, senta que lá vem história pois esse é um assunto que devemos falar sempre. O que é um relacionamento abusivo? Segundo a psicóloga Raquel Silva Barreto, graduada na Universidade Federal Fluminense, relacionamento abusivo é qualquer relação onde predomina o excesso de poder sobre o outro. Isso significa que qualquer tipo de relação pode vir a se tornar abusivo – uma amizade, família e, principalmente, relacionamentos amorosos.

Não é raro nós vermos um relato atrás do outro de pessoas que passaram por uma relação desse tipo, é só tirar um tempo da sua vida e olhar as notícias recentes no jornal. Ficamos felizes quando sabemos de alguma mulher que conseguiu sair dessa situação, e ficamos tristes quando vemos qualquer notícia de uma relação que não acabou bem. A verdade é que relacionamentos abusivos, de qualquer maneira, fazem um mal irreparável e duradouro em suas vítimas.

No início pode ser um mar de rosas, mas conforme o tempo passa pode virar águas turbulentas num piscar de olhos. Você pode achar que relacionamentos abusivos são resumidos em violência física, mas isso não é verdade. Normalmente as situações começam com ações pequenas e simples de controle sobre o parceiro, um exemplo? Falar que certo tamanho de roupa não é adequado e não quer que a parceira use. Esse simples ato de proibição já caracteriza uma atitude abusiva. Quem conta mais sobre isso é Carol, da dupla Carol e Vitória, durante uma live no Facebook da CARAS.

“Na época eu tinha um namorado que me proibia de cantar com a Vitória. Quando eu comecei a gravar com a Vi eu tinha cabelo cumprido e meu ex dizia que mulher não era mulher de cabelo curto e aí eu cortei o cabelo quando começamos a gravar juntas.”

Segundo a própria Carol, o relacionamento abusivo te apaga, te desestrutura e te faz pensar que aquilo que o parceiro diz é só porque ele está sendo protetor. É difícil para quem está dentro de uma situação dessas, entender o real perigo em que está inserida. Vitória revelou ter vivenciado o relacionamento da irmã, e apesar de estar ciente do que também estava acontecendo com ela, a cantora sentia medo:

“O meu namorado como ele era mais velho que eu, ele achava que mandava em mim. Chegou ao ponto de ele me agredir fisicamente, de me empurrar, chacoalhar e dizer ‘fica quieta se não eu vou te bater’ e eu achava que eu tinha que ficar em silêncio, quieta no meu canto e ninguém podia descobrir”

E o papel que as pessoas em volta tem é de extrema importância. Se você percebe sinais de relacionamento abusivo à sua volta, não hesite em avisar, em abrir os olhos do/da envolvido para o que está acontecendo. A rede de apoio às vítimas também é importante, psicólogos, terapeutas, amigos e família não podem sumir nesse instante, principalmente quando a vítima consegue sair do relacionamento. O dano emocional e, as vezes físico, pode acabar com a vida de alguém se essa pessoa não tiver o apoio necessário.

Para quem não sabe, no clipe da música “Jura, Juradinho”, Carol & Vitoria resolveramr retratar esse momento da sua vida e alertar sobre relacionamento abusivo. 

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“É um machismo enraizado que a gente tem ainda na nossa sociedade, que a gente tem que combater pra que isso não se perdure pras próximas gerações. Por isso que a gente tem que falar mesmo, sobre preconceito, sobre o respeito. E as pessoas falam ‘ah é só uma música, deixa aí’. Não é só uma música. É mais alguma coisa para contribuir que esse movimento continue. Então ‘Jura’ e as repostas e todo nosso trabalho tem sido importante e relevante na vida dessas pessoas”, concluiu Carol.

Que esse texto fique de alerta para as meninas e mulheres – as mais afetadas com esse tipo de relacionamento – saberem que elas não estão sozinhas! Sabemos o quanto pode ser difícil, o quanto é desgastante e assustador mas estamos aqui para dizer: não desistam, o sol irá brilhar sobre você de novo. Se você se ver nessa situação, não tenha medo de procurar alguém de confiança e se for o caso, chamar a polícia. O número da Delegacia de Atendimento à Mulher é 180, ou você pode entrar em contato com o Disque-Denúncia no número 2253-1177.

Nós por nós, meninas, vocês não estão sozinhas.

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