VOCAL POP: Análise Vocal Taylor Swift

Mais um dia na coluna Vocal Pop, mas dessa vez eu trago para vocês uma análise feita pelo Max, um dos cdc’s do Vocal Pop. Caso seja sua primeira vez nesta coluna talvez você não entenda o vocabulário aqui utilizado, por isso leia nosso glossário (É como um dicionário só com esses termos complicados) clicando aqui.

Artista: Taylor Swift.

Classifica Vocal / Vocal Type: Mezzo-Soprano.

Possível Classificação Vocal (pelo Sistema Fach) / Vocal Type (Fach’s System):

Mezzo-Soprano Lírico. / Lyric Mezzo-Soprano.

Alcance Vocal / Vocal Range: C3 – D6 (Dó Três – Ré Seis).

Oitavas: 3 Oitavas e 1 Nota. / 3 Octaves and 1 Note.

Tessitura Vocal: G3 – A4 (Sol Três – Lá Quatro).

Oitavas: 1 Oitava e 1 Nota.

Gêneros Musicais / Musical Genrs: Pop, Country, Country-Pop e Teen Pop.

 

Pontos Positivos:

O timbre vocal da cantora estadunidense é uniforme e só vem a apresentar uma coloração (característica) metálica em suas notas altas e enérgicas na Voz de Peito. Se mantém limpo e jovial, sempre cantando na região média da voz feminina que é a Oitava 4 sem apresentar uma necessidade exacerbada ou desesperada na emissão das notas.

O mais grave que Taylor já cantou em estúdio foi um C3 (Dó Três ou Dó Central como chamam algumas pessoas). Esta nota é grave demais para a maioria dos Mezzos-Sopranos e tende a ser alcançada por Contraltos como: Adele, Ivete Sangalo, Miley Cyrus e a falecida Etta James, além é claro, dos Tenores que na maioria dos casos tem como limite vocal na região grave esta nota. O C3 (Dó Três) está presente na canção: “We Are Never Ever Getting Back Together”. Ao vivo em seus shows, ela já emitiu D3 (Ré Três) sem intensidade ou volume aparente, quase inaudível de tão baixinho, porém válido por ser tratar de um Mezzo-Soprano cantando na região de naipes vocais mais graves.

Seus graves em Voz de Peito só começam a demonstrar mais poderio, força e segurança em notas médio-graves como um G3 (Sol Três), presente em inúmeras canções, citarei: “Mine” e “22”. De fato ela canta todas as suas notas graves sem transmitir ao público desconforto ou inquietação. Graves pouco intensos, porém ainda sim graves.

 Sua “Voz Mista”, que na realidade é uma Voz de Peito mais enérgica e viril inicia-se em A4 (Lá Quatro), que é a nota de passagem entre os registros vocais. É quando o registro grave de Taylor – sua Voz de Peito – deixa de soar mais frágil e passa a ressonar de forma mais forte, mais gritada. O metal começa a aparecer nessa região, e por muitas das vezes quando ela executa B4 (Sí Quatro) na Voz de Peito ao vivo, soa exatamente metálico e áspero sem a utilização do Belting, que é uma técnica vocal para se emitir notas de forma mais potente e “rasgada”. Nesta região vocal, o timbre de Swift lembra-nos uma mistura de Fergie com Jessie J, uma voz mais abafada e entubada que ao mesmo tempo demonstra um metálico tímido. A coloração de “menina jovem” ainda persiste na sua voz, mesmo a própria utilizando o artifício da impostação vocal para soar mais madura e experiente quando canta.

 O Mezzo-Soprano tende a cantar todas as suas músicas com Voz de Peito e só vem a utilizar sua Voz de Cabeça para demonstrar uma quebra vocal da força pela fragilidade que toda mulher tem na voz. Quando ela quer soar suave aos nossos ouvidos, ela utiliza sua Voz de Cabeça. Neste registro, ela demonstra ir do C5 (Dó Cinco) até o D6 (Ré Seis). De fato, é um registro vocal que carece de treino e uso apropriado em Swift, por possuir uma beleza singular e clareza de Mezzo-Soprano.

Ela se mantém boa em técnicas vocais complementares e até arrisca algumas escalas de melismas simples com sua voz, sem grandes malabarismos vocais. Também faz firúlas em Voz de Peito e Belting. Sua respiração diafragmática se mantém administrável e mediana, permitindo a própria sustentar notas altas como D5 (Ré Cinco) por alguns segundos.

Se Taylor Swift fosse uma cantora lírica, provavelmente ela viria a cantar peças operísticas ou árias para Mezzos-Sopranos Líricos ou até mesmo se treinasse a fragilidade e leveza de seu timbre, poderia cantar como Mezzo-Soprano Leggero. Pelo fato dela ser uma cantora de música popular, treinada para cantar gêneros populares, então sua classificação vocal pelo sistema Fach passa a ser mera especulação sempre voltada às características de sua voz.

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Pontos Negativos:

Posicionamento incorreto dos ressonadores. Seus agudos em Voz de Peito acabam ressonando de forma muito gritada e desesperada por ela pressionar demais a região da Laringe, cantando assim com a Laringe alta. Isso é errado. Taylor Swift também deve treinar as suas passagens de registro que são muito lentas e instáveis, criando assim uma desarmonia que nos remete a desafinação quando ela precisa interpretar uma canção que oscile entre o forte (Voz de Peito) e o frágil (Voz de Cabeça).

Vocal Range

 

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Então é isso aí pessoal… Caso queiram mais conteúdo do Vocal Pop é só clicar aqui, e para novos cantores é só deixar nos comentários.

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