Por Luciana Santos
Desde de quando a Disney iniciou as produções de Live-Actions dos seus clássicos, o filme “A Pequena Sereia” é um dos mais aguardados pelos fãs de princesas. Afinal, quem cresceu assistindo a doce e determinada Ariel sabe o quanto esse clássico fez parte dos momentos mais incríveis da vida, a infância.
Recentemente, uma onda de notícias sobre o Live Action pipocaram na mídia, inclusive a preferida para fazer o papel principal era a maravilhosa Zendaya, porém ontem (3), a Disney confirmou que quem dará vida a Ariel será a atriz Halle Bailey, Esse foi o pontapé para vários questionamentos e também algumas críticas, principalmente pela personagem ser branca e a atriz escolhida ser negra.
Precisamos falar de um ponto importante: o fato de Halle Bailey ser negra não altera em nada a personalidade de Ariel. Até porque, o que dará vida a personagem é exclusivamente o talento de Halle cantando e interpretando, jamais a cor da sua pele.
O que muitos não entendem é o quão significativo foi o ato da Disney de escolher uma atriz negra para fazer o papel de uma personagem branca, o quanto de representatividade e importância essa atitude tem diante de uma sociedade tão enraizada no racismo.
É muito comum vermos protagonismo branco, personagens diversos, mas dentro do contexto de animação, esse cenário do protagonismo negro ainda é novo. A personagem Tiana é a primeira princesa negra da Disney e de certa maneira foi um marco. Até onde se sabe, tanto na vida quanto na arte, negros ocupavam lugares secundários, de coadjuvantes.
Acreditamos que essa é uma perfeita oportunidade de identificação de um público, principalmente meninas que precisam entender desde cedo como se impor em uma sociedade racista. Essa é a prova de que em meio de tanto preconceito, ainda existe uma esperança, que adolescentes negras podem sonhar, acreditar, ser o que quiserem e principalmente princesas, se assim desejarem.
Esperamos que desconstruções como essa continuem acontecendo e tendo cada vez mais força em todos os cenários da vida!
