EXCLUSIVO: Bea Miller fala sobre novo EP, sucesso no TikTok e planos de vir ao Brasil

Conhecemos Bea Miller quando a garota participou do reality show “The X Factor” com 13 anos, em 2012, e depois não tiramos os olhos dela. Os fãs sabem que a cantora já passou por muita coisa em sua vida pessoal e lançou trabalhos incríveis durante a sua carreira, um deles é a canção “Feel Something“, que se tornou um viral do TikTok.

O Febre Teen conversou com Bea Miller sobre a canção, a rede social do momento e até mesmo descobrimos que ela viria ao Brasil nesse ano, acredita? Confira toda a entrevista e não esqueça de assistir o vídeo do game que fizemos com a americana.

(Gina Manning)

A música de trabalho do momento para a cantora está sendo “Feel Something“, por mais que a canção tenha sido lançada há mais de um ano. Isso porque o single começou a bombar no TikTok e muitas pessoas estão fazendo desafios a utilizando como áudio, mas você sabia que a artista se recusava a criar um perfil na rede social?

“Meus fãs estavam falando comigo no Twitter há um tempão ‘Bea, sua música está viralizando no TikTok, as pessoas estão criando desafios com ela, você precisa criar um TikTok!’. Eu era  contra ter a minha própria conta porque eu não sabia que tinha todo tipo de vídeo lá, uns que eu nunca vi, os de dança… Eu, pessoalmente, não me importava muito de ver e ficava ‘legal se você gosta, mas eu não preciso baixar um aplicativo pra ver gente dançando’, porque era tudo o que eu achava que tinha nele. Agora que eu tenho um TikTok, obviamente vi que tem todo tipo de vídeo lá e é um aplicativo muito divertido.”

Ela descobriu que a música estava bombando por causa dos fãs que a alertaram pelo Twitter e foi quando Bea começou a ver os desafios e trends que estavam rolando no TikTok. A dona de “THAT BITCH” brincou falando que se sentiu mal por alguns vídeos serem bem sombrios e depressivos, mas comentou sobre as versões alternativas da canção e algumas até mxiadas com o tema de “Euphoria“.

“Há algumas semanas eu vi meus fãs falando ‘você precisa fazer um TikTok para fazer sua música acontecer’, então eu fiz e comecei a ver todos os vídeos. Alguns são bem tristes, me senti um pouco culpada, eu estava ‘todos esses vídeos da minha música são meio depressivos’ e me senti culpada que eu criei essa trend sem querer, mas agora têm vários outros melhores. Têm uns que misturam com outras músicas, versões em slowdown, então eu definitivamente não estava esperando por isso.

A americana acredita que a música estourou por conta da letra, já no refrão ela diz que quer sentir algo e se sentir como uma pessoa de novo, um sentimento que muita gente está tendo durante essa quarentena. A jovem de 21 anos disse que fica feliz em estar fazendo parte desse momento da vida das pessoas.

“Acho que faz sentido pela composição, provavelmente. Várias pessoas se identificaram durante esse momento, o que eu não percebi quando gravei essa música por que não sabia o que aconteceria este ano. Estou feliz que as pessoas estão se conectando com ela e que fui capaz de escrever algo que pode ajudar alguém que estiver passando por esse momento difícil agora, mesmo que seja fazendo um TikTok engraçado. Mas eu definitivamente não estava esperando por isso, especialmente depois de todo esse tempo, você não espera que sua música vai se sair melhor um ano depois do seu lançamento, então está sendo interessante.”

O clipe tem toda uma pegada futurista e um conceito completamente diferente dos outros vídeos de Bea Miller – tirando o de “It’s Not U It’s Me“. Ela contou que a ideia era trabalhar em conceitos durante o ano de 2019, tanto que a sua turnê “Nice To Meet U Tour” foi toda inspirada nessas ideias.

“Eu sempre fui obcecada por clipes bem carregados no conceito, que tem um tema de realidade alternativa, e eu quis experimentar isso no ano passado. Vários coisas minhas como os clipes, os visuais da minha turnê, o nome dela eram baseadas num tema espacial, de distopia, realidade futurista. Nunca tinha feito nada assim antes, as ideias de muitos dos meus clipes antigos, capas de álbuns, capas de singles, eram o que você já assume que deveria ser, ao invés de ser criativo e evoluído. Conceitualmente eu só queria trazer algo novo e usar todas essas cores pastel e conceitos diferentes.”

Em um geral, a ideia do clipe era mostrar o quanto a tecnologia avança e pode impactar na vida e comunicação das pessoas. Ela quis passar essa mensagem de que todos estão viciados em seus celulares que tem medo de que daqui um tempo ninguém saia de casa para se encontrar e perca a inteligência emocional, basicamente o que está acontecendo de maneira forçada por conta da pandemia.

“Quis criar algo que se passasse em uma versão do futuro que às vezes eu acho que seria possível. Agora  somos tão obcecados com nossos celulares, redes sociais e internet que nos tornamos um pouco desconectados das pessoas de um jeito estranho. Obviamente estamos nos conectando de uma forma nova, mas eu acho que nossa inteligência emocional está levemente deteriorando, e me assusta pensar que daqui cem, duzentos anos com a tecnologia continuando a avançar, quantas outras coisas serão feitas desta forma. Nós estamos falando por celulares, ao invés de se sentar pessoalmente, obviamente porque vivemos muito longe então precisamos fazer isso, com a pandemia nós precisamos fazer isso, mas eu também penso que pessoas que vivem no mesmo quarteirão vão começar a conversar só dessa forma no futuro. Eu só queria fazer um vídeo que fosse baseado em um tempo a mil anos de agora, nós continuamos avançando em tecnologia, começamos a viver em planetas diferentes, viagem intergalática. Fiz um clipe sobre como nós acabaríamos em um lugar onde  precisaríamos ir para uma terapia física, algum tipo de estabelecimento onde poderiam nos forçar a ter sentimentos e emoções de novo, porque estamos muito desconectados disso. Então, achei que seria divertido e esquisito – o que foi.”

Bea disse que essa era a vibe do passado, mas que os seus próximos clipes serão diferentes e não seguiram essa mesma linha. Já estamos ansiosos para saber o que a cantora está planejando para os próximos meses!

A cantora sempre foi honesta em suas músicas e conta histórias reais em suas letras, e claro que todos os fãs sabem disso já que cada canção de Bea Miller tem um toque importante da história da cantora. Ela está planejando lançar um EP até o final do ano e revelou que ele será mais honesto ainda, já que ela tinha medo de contas algumas histórias específicas e detalhes.

Em maio de 2019, fomos à um show da cantora em Los Angeles e consideramos um dos melhores. Além do talento de Bea, ela conta suas histórias antes de cada música, interage com os fãs, faz contato visual com cada um e faz questão de ter o público por perto. Comentamos sobre isso com a dona de “Like That“, que ficou feliz e falou sobre a importância dessa conexão em seus shows.

“Eu nunca pensei nisso, sempre fui assim nos meus shows. Antes do ano passado eu não tinha feito minha própria turnê, então eu tinha uma necessidade de contar minhas próprias histórias. Da mesma forma que eu queria fazer isso, eu sempre fui instintiva no palco fazendo o que eu quisesse. Nunca tive tempo pra isso, porque quando você está abrindo para alguém você só tem um certo tempo, então eu sempre soube que queria contar essas histórias, mas nunca realmente tive essa chance, e no ano passado eu comecei a fazer minhas próprias turnês. Claro que fizemos ensaios para as músicas para termos certeza que estávamos fazendo as coisas certas musicalmente, mas nunca ensaiei o que eu ia falar entre cada música, acontecia naturalmente e em cada show eu dizia algo diferente, eu interagia com o público, era mais divertido pra mim. Eu só sabia que meus fãs estavam nos meus shows solo para me ver, então talvez eles iriam gostar de ouvir essas histórias, e mesmo que eles soubessem eu ainda iria contá-las. Eu sempre tento combinar meu próprio show de comédia com meu set, o que é algo que eu iria gostar, acho que algumas pessoas ficam irritadas com isso, tipo ‘apenas cante, cala a boca, a gente não se importa’, mas eu acho que meus fãs realmente apreciam isso. Eles me seguem por cinco, seis, sete anos, então eu acho que a esse ponto eles já entendem a minha personalidade e apenas me sinto próxima deles, muitos de nós crescemos juntos, então eu nunca penso muito, eu só falo o que vem na minha cabeça, que é o tipo de pessoa que eu sou, então é mais divertido pra mim desse jeito também, eu gosto de tocar em lugares pequenos, porque assim posso realmente ver as pessoas e posso ficar perto delas.”

Por mais que esteja nessa indústria desde 2012 com muitos fãs brasileiros, Bea nunca veio ao país e descobrimos que ela viria nesse ano. Tá feliz, pandemia? Ela contou como é a sua relação com os fãs brasileiros e ainda deixou um recadinho.

E pra finalizar, fizemos um game ao qual ela falou sobre seu primeiro álbum, Demi Lovato, cabelos do passado e muito mais.

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