Precisamos falar sobre o machismo

Fever, precisamos falar sobre um assunto extremamente delicado! Esta semana houve a repercussão de um (dos muitos) casos de estupro no Brasil. O país ficou divido entre pessoas que mostraram repúdio ao crime e outras que culparam e julgaram a vítima (Ainda existe pessoas que tem a coragem de culpar a pessoa que foi violentada). E sim, em pleno 2016, ainda temos que conviver com o machismo presente na nossa sociedade. E não é pouco não, o machismo faz mais de 50 mil vítimas (sem contar que muitos, muitos, muitos casos não são denunciados) no Brasil, por ano e não podemos mais conviver com isso.

Mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho, com o assédio vivido constantemente nas ruas e muitas vezes dentro da própria casa, são espancadas, estupradas e mortas a todo momento e isso pode estar acontecendo agora mesmo, mais perto do que você imagina, nenhum lugar parece realmente seguro. Não é normal alguém sentir medo de sair sozinha, de usar determinada roupa, sair para a balada e beber, pegar um táxi/ônibus/metrô, não é normal ter medo de viver. Estamos vivendo em um mundo onde o machismo e a violência esta tão impregnado nas pessoas (e muitas nem percebem que suas atitudes contribuem com toda essa violência) que tem sido visto como algo natural, o tempo todo vemos homens fazendo piadas com o estupro na televisão, nas redes sociais, saudando outros homens como se a violência contra a mulher fosse algo a ser encorajado.

Qualquer mulher corre o risco de sofrer algum tipo de assédio, seja ela negra, branca, rica, pobre, famosa, anônima, mães, filhas, lésbicas, hétero, trans.

Temos visto muitas famosas que utilizam suas “vozes” para relatar abusos vividos pelas mesmas e também para lutarem pelo feminismo.

  • Um caso que ganhou repercussão nos últimos meses, foi a audiência da cantora Kesha contra seu empresário Dr. Luke. A cantora o denunciou por abuso sexual e indução ao uso de drogas e de uma forma absurda Kesha perdeu e terá que continuar a trabalhar para ele até o fim de seu contrato.

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  • A cantora Lady Gaga também relatou que já foi vítima de abuso sexual, ela fez uma musica sobre o caso e uma apresentação no Oscar onde ela chamou várias vítimas para subir ao palco. A cantora luta contra a violência a mulher e também contra a homofobia.

  • A blogueira Maju Trindade recentemente teve sua vida pessoal exposta sem seu consentimento no livro do seu ex namorado. Cantoras como Miley Cyrus, Taylor Swift e Selena Gomez, são exemplos de mulheres que são constantemente hostilizadas  por mostrarem o corpo, cantarem sobre seus relacionamentos ou até mesmo por ter namorado um famoso. (Isso é machismo).

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  • Emma Watson é Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, que visa lutar pelos direitos das mulheres no cenário atual. Assista o discurso feito pela atriz.

  •  A Atriz Jennifer Lawrence teve seu celular hackeado e sua fotos intimas vazadas pela internet, ela foi exposta e julgada por fotos tiradas do próprio corpo. Mas o único que cometeu algum crime é quem invadiu a privacidade dela e todos os que ajudaram a compartilhar. Agora, por que ela foi julgada por tantas pessoas?

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  • A youtuber Jout Jout Prazer tem usado seu canal para falar abertamente sobre a violência contra a mulher.

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Existem milhares de casos de violência e muitos outros que nós nunca saberemos, diversas vítimas sofrem caladas com medo de denunciarem seus agressores, com medo de serem julgadas, com medo de tantas coisas que poderíamos ficar um bom tempo citando aqui, há tantas coisas que não foram ditas nesse post, tantas coisas precisam mudar e é um caminho longo a percorrer.

 Não podemos negar que vivemos em uma sociedade extremamente preconceituosa, machista, racista, homofóbica e não podemos não fazer nada a respeito. É preciso nos posicionarmos em relação as nossas atitudes como seres humanos, se você presenciar alguma dessas situações, denuncie, não se cale diante de absurdos como esses. Não cabe a nós julgarmos alguém, pelas roupas que usam, pela condição sexual, religião, por nada, absolutamente nada justifica a violência. É preciso ter mais empatia com o próximo e nos lembrarmos que a única vida que realmente nos pertence é as nossas próprias vidas.

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